Campanha visa à conscientização da população e dos profissionais de saúde sobre a síndrome, considerada uma das principais causas de mortalidade hospitalar
Para lembrar o Dia Mundial da Sepse, comemorado em 13 de setembro, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) realizou nos dias 13 e 14 a palestra ‘Sepse — Um problema de saúde pública’ para os colaboradores da unidade. A ação educativa foi organizada pelo Serviço de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (SCIRAS) em parceria com o Departamento Educação no Trabalho em Saúde (SETS) e a coordenação das Unidades de Terapia Intensiva 1 e 2 (UTI’s) e tem o intuito de conscientizar e dar maior visibilidade à problemática da doença.
Conforme o Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS), a sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Ela pode estar localizada em apenas um órgão, como, por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode comprometer o funcionamento de vários dos órgãos do paciente.
O palestrante abordou sobre os aspectos epidemiológicos da doença. “Os estudos demonstram uma incidência elevada de sepse no sistema de saúde. É preciso conscientizar, sensibilizar os profissionais para identificar adequadamente e aderir o protocolo de sepse, e salvar o paciente”, explica o enfermeiro Gustavo Paulo de Almeida.
Ele ressalta a importância da adesão dos protocolos na rotina e assim obter sucesso na redução da mortalidade. “A Campanha deve sensibilizar os profissionais, mas é necessário que as unidades de saúde realizem, sempre que possível, uma educação continuada sobre controle de infecção, prevenção de sepse, resgatando os conceitos”, disse o profissional.
Segundo a coordenadora do SCIRAS do HMAP, Cíntia Queiroz, a sepse é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). “É extremamente necessário conhecer, identificar os sinais iniciais de sepse e iniciar o tratamento imediato, para que possamos intervir de maneira adequada e consequentemente salvar a vida do paciente e a sua função orgânica”, afirma a enfermeira.
A profissional reforça que é essencial que a equipe assistencial esteja sempre atenta. “Nosso trabalho é constante para reduzir os impactos da sepse, principalmente, quando o paciente é atendido no hospital. O diagnóstico precoce é primordial para reconhecer e tratar a doença”, conclui.
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