O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) lançou uma iniciativa que busca aprimorar a assistência qualificada e humanizada aos pacientes das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Trata-se do projeto “Quem Sou Eu”, realizado na unidade desde o ano passado, e que consiste em conhecer as pessoas que estão internadas em situação grave, muitas vezes impossibilitadas de se comunicar e se fazer reconhecer.
A ação busca resgatar a identidade de cada um dos pacientes através de uma coleta de informações sobre a história de vida deles. São informações como o paciente gosta de ser chamado, data de nascimento, música e assuntos favoritos, o que gosta de comer, se tem bicho de estimação. Tudo é escrito em uma folha A4, plastificada, que fica ao lado do leito. Com esse conhecimento sobre o paciente, a equipe médica da UTI estabelece vínculos e assim fornece um tratamento melhor.
O coordenador de humanização do HMAP, Renan Mamedes, explica como funciona o projeto. “A equipe de psicologia entra em contato com a família, pega as informações e nos envia. A humanização elabora o texto e monta o prontuário afetivo padronizado para ser colocado no leito do paciente”, disse.
Renan afirma que o “Quem Sou Eu” trabalha o paciente como sujeito único. “Com a ação, as relações do paciente com a equipe se estreitam. Nós conseguimos individualizar a assistência de acordo com as necessidades de cada um, contribuindo para a recuperação e ajudando a reduzir o sofrimento psicológico associado à internação hospitalar”, afirma.
Wellington Soares Teixeira está internado na UTI do HMAP para tratamento da Covid-19. Ele não é apenas o leito 10, ele é um pai amoroso, excelente esposo e bastante apegado aos filhos. Aos 29 anos, o motorista de aplicativo no tempo livre gosta de jogar futebol. Com essas informações o paciente se sente mais à vontade e mais acolhido por toda a equipe. Uma das informações que constam na plaquinha do Wellington é a paixão dele pelo clube Palmeiras. “Eu sou palmeirense roxo”, revelou.
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