Os cuidados com a saúde mental têm atraído mais atenção ao longo dos últimos anos. Especialistas têm alertado para uma epidemia de transtornos e doenças como a depressão, responsáveis por sofrimento, queda na qualidade de vida, prejuízos econômicos em nível global e aumento dos suicídios, entre outros fatores.
Com o objetivo de alertar a população sobre as causas, sintomas e tratamentos aos transtornos mentais, a Campanha Janeiro Branco é a maior iniciativa do mundo em prol da construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade. O objetivo é tornar realidade o ideal de um mundo mais saudável em relação a tudo o que diz respeito à subjetividade dos indivíduos.
Depressão é epidemia
A população brasileira tem sido cada vez mais acometida por problemas de saúde mental, mas a tendência também se mostra global. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), Brasil é o segundo com maior número de depressivos nas Américas, com 5,8% da população, ficando atrás somente dos Estados Unidos, com 5,9% de depressivos. A doença afeta 4,4% da população mundial O Brasil também é o país com maior prevalência de ansiedade no mundo: 9,3%.
Os transtornos ansiosos incluem fobia, transtorno obsessivo-compulsivo, estresse pós-traumático e ataque de pânico. O suicídio já é a terceira principal causa externa de mortes no Brasil, atrás de acidentes e agressões, com 12,5 mil casos em 2017, conforme o Ministério da Saúde (MS). Em 2015, 788 mil pessoas morreram por suicídio no mundo. Isso representou quase 1,5% de todas as mortes no planeta, figurando entre as 20 maiores causas de morte em 2015. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a segunda maior causa de morte.
Segundo a OMS, o número de pessoas com transtornos mentais comuns, como a depressão e o transtorno de ansiedade, cresce especialmente em países de baixa renda, pois a população está crescendo e envelhecendo. Isso significa que mais pessoas chegam à idade em que depressão e ansiedade são mais frequentes.
Por outro lado, os tratamentos evoluíram consideravelmente nas últimas décadas. Os medicamentos e as psicoterapias têm uma melhor resposta e uma intervenção precoce aumenta a eficácia do tratamento.